segunda-feira, 23 de março de 2015

Neofilia: entrave para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis

 “Vai chegar o tempo em que teremos de tomar consciência de que o maior problema político de nossa época está porventura ligado aos efeitos do domínio crescente que as firmas de estratégia mundial exercem sobre os Estados, não somente no terceiro mundo mas também na Europa”. (GALBRAITH, 1971, p. 91)

A tecnologia, por si só, não subsiste, não se forma. É pela ação e esforços humanos, por suas conjunções culturais e psicológicas, pelos agenciamentos coletivos e subjetivos que perpassa toda a evolução da tecnologia que se apresenta como o patrimônio da humanidade, como o legado da civilização da pré-história humana, conforme a tese de Marx. É por isso mesmo que temos a obrigação da desfazer o culto que a sociedade moderna rende à tecnologia em suas formas de manifestação. Sem compreender o humano em sua formação, sem admitir a primazia dos saberes na constituição do conhecimento, não poderemos pensar na construção de bases tecnológicas que auxilie verdadeiramente as sociedades a sair de seus estados de anomalias sociais, de exploração desumana e de atividades que desprezam a perspectiva criadora abrigada em cada ser.