sábado, 13 de abril de 2013

...da nova ciência


Conclui-se que o trabalho de alterar as formas e mecanismos de pensamento que desencadeiam em construções coletivas no universo das instituições e todas as formas de vivência social está, de certo modo, destituído de qualquer valor real que possa refletir sobre as condições atuais do planeta – que se constitui de uma nova geração que não se contenta e não se felicita com o que está disposto, nem sob as formas, nem sobre o conteúdo. 
O renascimento, mais uma vez, das artes e das ciências, representa agora uma nova universalização de conjunções que culminarão em desconstruções do instituído e das formas construídas que promoveram a sintonia dos sujeitos e dos objetos. Abraçamos a ideia de que o mundo que se configura hoje não pode ser visto sob os mesmos prismas instrumentais da ciência antiga ou pré-histórica.
Muito temos caminhado no sentido de desenvolver novos horizontes a serem vislumbrados por instrumentos mais precisos e tecnologias mais humanas. Isso significa que não tomaremos partido com relação às escolhas que a humanidade fará a partir das modificações que se darão sob a orientação do mundo imaterial. Cabe ao ser humano utilizar-se do seu livre-arbítrio no sentido de decidir sobre os rumos possíveis que se mostrarão num futuro próximo. É o homem o sujeito do processo. Essa negação do sujeito pela coisificação dada e alimentada pelo sistema será superada por outro movimento que valorizará o homem como centro-parte do processo.
A ciência, a natureza, o homem e o espírito cósmico serão apenas um e nenhuma experimentação ou observação o tirará da mira da tecnologia, mas é esta que deve servir à humanidade e não mais serão aceitas as formas subjetivas de escravidão do homem por qualquer máquina, sistema ou configuração social. O homem também descobrirá que a felicidade coletiva aspirada pelas diversas utopias só será alcançada se os ganhos sociais forem aproveitados igualmente por todos e por cada um.
O processo de individuação que alcançamos será aproveitado pelo porvir. É necessário que o homem compreenda que esses processos recorrentes desde as tentativas primordiais de atendimento às necessidades orgânicas e de sobrevivência e o preparo para assumir o governo de si são necessários para que saiba também governar o outro de forma a não usar a violência nem as armas econômicas, outrora dissimuladas com tanta naturalidade. O econômico não mais se separará do humano porque este último é o sujeito da economia – que o serve para criar riquezas que muito auxiliará no progresso planetário.
As irmandades originadas pelas pequenas formações de grupos, pelo prisma da nova física cósmica, ampliar-se-ão além dos horizontes da microvisão newtoniana e toda a humanidade que agora habita esse planeta será abraçada como irmãos, até que alcancem a dádiva de ampliar seus horizontes de vivência para além do espaço e muito além do que hoje vossa ciência pode vislumbrar. 
Mas todas essas coisas grandiosas se iniciam com as micromudanças que se operam no homem, em cada um e em cada parte desse globo. Os desastres econômicos, ecológicos e sociais, segundo vossas terminologias, são apenas chamamentos para a necessidade de mudança que já tarda nesse globo. O clamor do Alto é o clamor da natureza e tudo é a mesma coisa e tudo se configura Deus. Não há nenhum ser neste mundo vivente que desconheça as leis da vida e toda e qualquer violação é punida pela dor e pelo sofrimento. Sejamos conscientes de que o Deus que desprezam não opera somente no invisível. É ele que nos dá os caminhos da ciência e também da felicidade porque aquela deve servir a este grande anseio das criaturas. Nesse sentido a ciência é divina e ela, certamente, tirará o véu que enceguece o homem e que o limita em seus campos de estudo e observação. Esse véu é o véu do orgulho que se alimenta da ignorância - a grande chaga da humanidade.
Enquanto essas mudanças não se operam aos olhos da carne, os cientistas interplanetários colaboram para que a Terra não retarde a sua marcha porque também ela é parte de um todo muito maior e guarda a grande esperança de parcela dos nossos irmãos do espaço – não diferente dos humanos.
Sejamos livres para plantar e estejamos prontos para a colheita. Que as mãos da ciência possam construir-se de espíritos revolucionários, mas que, sobretudo, guardem grandes riquezas espirituais em seus corações. Somente assim será provado que a existência do espírito não nega a tese da verdadeira ciência. Que estejamos preparados para receber os ensinos do Mestre que agora se revestem de sabedoria científica, se somente assim é que será finalmente compreendido. A lei de causa e efeito não será menos aos olhos da ciência.
Homens de poder antecipem suas reformas íntimas e entendam as minúcias que a responsabilidade que possuem os reserva. Não é o poder um bem dado nem mesmo com qualquer finalidade pessoal. Acordem para o fato de que representam os homens e que devem responder pela felicidade dada ou subtraída deles.
Concentrem-se no trabalho que se inicia e não temais a conseqüência. 

Hellton, um amigo da ciência.